Domínio próprio
Pintei meu rosto
Ele estava coberto pela culpa
O medo que o apavorava
Fez dele uma coisa qualquer
Cada movimento prescrito
De um jeito que me assustava
Cada milímetro de vergonha
Que me deixava apavorada
Os instantes foram longos
A noite estava fria
Tudo que disse ao redor do espelho
Quis se voltar contra mim
Palavras são brasas ferventes
Quando atiradas no coração
Queimam, maltratam deixam ferimentos,
Que viram cicatrizes na carne
A vida toda estive no abismo
Sem condição de ter os joelhos fortes
De ao menos ter alguma voz ativa,
Ou ao menos altiva
Dói ser tão dependente de vergonha
Dói estar no meio da estrada sem direção
Dói pensar que acabou
Dói dizerem sempre que não
A arte de se estar contente
Somos sempre nós que começamos
Mas existem pessoas que te empurram pra baixo,
Fazendo com que vire um grão de inseguranças
Somos nosso destino de longe,
Porém ainda não sei como lhe dar
Com quem somente pensa em machucar
A humilhação é um atrevimento perigoso,
Que sem armadura certa
Enlouquece um coração medroso
É á hora de vestir as vestimentas certas
Fazer com que ela nunca nós leve pelo pé.