Domínio próprio

Pintei meu rosto

Ele estava coberto pela culpa

O medo que o apavorava

Fez dele uma coisa qualquer

Cada movimento prescrito

De um jeito que me assustava

Cada milímetro de vergonha

Que me deixava apavorada

Os instantes foram longos

A noite estava fria

Tudo que disse ao redor do espelho

Quis se voltar contra mim

Palavras são brasas ferventes

Quando atiradas no coração

Queimam, maltratam deixam ferimentos,

Que viram cicatrizes na carne

A vida toda estive no abismo

Sem condição de ter os joelhos fortes

De ao menos ter alguma voz ativa,

Ou ao menos altiva

Dói ser tão dependente de vergonha

Dói estar no meio da estrada sem direção

Dói pensar que acabou

Dói dizerem sempre que não

A arte de se estar contente

Somos sempre nós que começamos

Mas existem pessoas que te empurram pra baixo,

Fazendo com que vire um grão de inseguranças

Somos nosso destino de longe,

Porém ainda não sei como lhe dar

Com quem somente pensa em machucar

A humilhação é um atrevimento perigoso,

Que sem armadura certa

Enlouquece um coração medroso

É á hora de vestir as vestimentas certas

Fazer com que ela nunca nós leve pelo pé.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 04/07/2012
Código do texto: T3760624
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