Noite de Siso

Conte-me uma excêntrica anedota

Para dissipar este vento que grita

E que atira sobre mim as britas

Da madrugada lúgubre que me sufoca.

Deixe-me sorrir com piadas exóticas

Que diluam este anestésico que vem da lua

E que nas noites sombrias se acentua

Perante o idílio de amor que se invoca.

Preciso gargalhar com as janelas abertas

Ao escutar um turbilhão de graças indiretas

Que me levem ao derradeiro patamar do riso...

Assim afogo a maldita tristeza que vem

No compasso das estrelas que brilham no além

E me debruço sobre as fantasias que tanto preciso!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/07/2012
Código do texto: T3759329
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