EU NÃO ENTENDO
“EU NÃO ENTENDO”
Eu não entendo,
Como sol pôde deixar de brilhar
Eu não entendo,
Como pôde deixar de me amar
Eu não entendo,
Como o dia pode me acompanhar
Depois que a mortalha em busca
Incorporou do céu o azul
E trocou a túnica
E ao que parece,
Levou minha única paixão
Paixão que amei
E que não entendo
Pensa que não a quero amar
Deixado em meu pranto insano
O pano há de acobertar as feridas
Datar todas as cicatrizes
Em que meu coração
Possam se perpetuar
Pactuar com os sonhos
Que distantes
Por certo será o desencontro
Deste que só pensa em te amar
Eu não entendo como possa me deixar,
Em não entendo como possa ouvir
Em desacreditar em tudo em que nos dissemos
Em que firmamos o elo
Em que me pedias para sempre te amar
Querer, eu te quero,
Como a folhagem que se banhe em orvalho
Em que estendo, o meu braço,
E que culpado pela sua angústia
Ataco os solos
E morro em meio à escuridão
Dos que se imploram por ti.
Punição por amar incondicionalmente,
Impunemente pelos beijos não mais presentes
Em que minha mente, me mente,
Que Suhailah,
Certamente,
Há de voltar!
Dotar novamente os meus sonhos
De alvoroço,
Deixar uma vida que era velha
Ao encontro do gozo
E retomar os meus sonhos moços
Em que possa em outras pessoas,
Acreditar!
Sentir o seu doce
Foi o mais lindo dos passos
Foi o caminho árduo
Para a conquista de liberdade
A vaidade de ter a moça mais bela
A quem minha vida apela
Que dê a ela,
Novamente,
A alegria de minha vida,
Conhecida ao encontrá-la,
Ao amá-la e buscá-la,
No cosmos, no oásis,
Suas presenças foram às bases
Que nortearam minha vida.
Querida, não te creias,
Vivendo sem mim;
Perdoe-me e se entregue a mim
Em minhas veias correm
Todo o amor que dizias sentir
E sua distância é todo o veneno
Que assim vivendo
Fará o meu fim
Amo-te e te adoro,
Imploro e reporto a Deus,
A nova florada em que meus,
Seus olhos,
Dirão em sua volta
Que não há nada maior
Que os caminhos de rosas
Em que caminhas
Para se encontrares em mim.