IMAGENS

Ainda a Tua bela escrita Amiga Borboleta a influenciar-me no doloroso silêncio

IMAGENS

(no limiar do meu poema 1000…)

De belos quadros partidos, ou antes rasgados

Pela dor que me consome por ter pintado esses quadros

De sonhos loucamente sóbrios por concretizar

Na incapacidade louca de fazer com que me possas amar

Pequenos fragmentos de mim, que restam depois da grande explosão

Pedacinhos de diamante que reflectem a minha imagem apaixonada pelas planícies da imensidão

Numa difusa estrada que leva ao infinito, que observo turvo de ébrio

Porque mesmo na noite louca nunca ninguém me leva a sério

Janelas fazem entrar em mim a dolorosa realidade de te ter perdido sem sequer te ter achado

Tesouro que tenho nas mãos, mas que me é totalmente negado

Porque como diz o poeta louco irlandês , és demasiado cara em afectos para te poder manter

Porque os meus sentimentos não valem isso, e o que vale é te perder

Miragens de paraísos perdidos no mar da tranquilidade

Talvez lá fosses minha, mas é na Lua e lá não chega a minha intimidade

Vituperada em lençóis demasiado vazios

Nesse grito abafado de nunca te ter comigo

De um abrigo que nunca o foi, nem nunca o será

Cego em terra de sonhos, de uma realidade vã

Por onde vaguei-o sabendo bem demais quem sou

Perdi-te, perdi o meu Deus, e tudo com ele, ele levou…