Palavras

Suas palavras ecoam...

Qual martelo sentenciam meu destino;

E, num relance, pude ver tocam o sino

A outros chamam perceber o que anuncia.

Se tais palavras vêm e queimam...

À bigorna, se convertem de alegria,

Eu abrasado sigo em frente, ouço o martelo

Que um canto bate sem pensar, que covardia!

Pois o amor que vem e abrasa à luz da aurora,

E, no além-mar de um sentimento navegara

Se lhe trouxera um sonhar, dele acordara!...

Presa ao estribo, posso ver, eis, q'ela chora.