AMOR, AMOR, AMOR

Poema baseado na belíssima Poesia e na soberba forma como ela a faz,da minha muito querida Amiga Borboleta

AMOR, AMOR, AMOR

Por onde me levas, por onde me queres levar

Sinto que nas tuas asas sofro mas que também posso sonhar

Com metas impossíveis de alcançar invisíveis aos meus olhos de poeta

Choro e sofro terrivelmente porque tu me completas

Em cantos de doce e imensa ternura, que desconheço ainda a real dimensão

Em versos que se repetem numa interminável e louvável canção

Em gestos plenos de sentidos, perenes de interioridade

Hoje vesti-te outro fato de letras, porque estou triste porque me fizeste lembrar uma amizade

Porque há sons que se perdem e se ganham no tempo

No ritmar da chuva que cai lá fora e me lava o sofrimento

Porque viver é amar e amar é viver

Gosto tanto de ti, que te aprendi a temer

Porque tens um corpo e objectivo bem definido

Nas imensas caras que amei, hoje tive um capricho hoje queria-te comigo

Em asas, doces asas de anjos que me vêm beijar

Cada vez que amo, cada vez que sofro, que me estou a apaixonar

E eu devo estar a dormir há séculos, numa cama vazia de infinita ternura

Porque o amor em mim é dor passageira, dor que perdura

E nesse manto onde se alcançam os grandes prazeres, onde és concretizado

Tive a pena e a tristeza imensa, de neste momento não te ter a meu lado

E a única forma de te louvar, a única maneira de exorcizar é gritar

Que sempre amei, quem não devia amar

Mas não esperem que eu desista desta luta, esta luta para mim é eterna

Que vou perder, mas a sonhar pela chegada dessa pessoa terna

Que me possa dar, cascatas de afecto, o mel da sua atenção

Que hei-de beber avidamente e dele fazer a minha canção

Dele hei-de fazer a minha eterna bandeira

Pela necessidade por vezes louca, de te ter à minha beira

E eu…eu já amei tanto, e o mais estúpido de tudo é não saber se fui amado

E talvez seja por isso que hoje me sinto abandonado

Abraçado a doces memórias, a ténues recordações

Que são tudo o que tenho, num choro aberto ao grande público de lamentações

Porque as amei, com todas as minhas forças e sensações

Tendo se calhar sido por isso que as perdi, nesta fera lei, que a vida impõe

Qual cobra sibilina que me deu a provar o fruto proibido

Só lambi a casca, nem sequer a mordi, e se calhar é por isso que me sinto tão perdido

Mas, caramba! Se tantas vezes te cantei, porque maldição não hei-de continuar?

Não é revolta nem raiva, é uma destas sensações, que o amor em nós faz despertar

E a minha armadura de guerreiro destas lutas está tão gasta, já abre brechas

Tenho que a compor e deixar-me de queixumes lamechas

Porque a Vida só acaba, quando tem de terminar

E é por isso que eu nunca hei-de parar de lutar

Absurdamente sem um motivo que me erga, que me ponha de pé

Estou de peito aberto, de espada na mão, porque só quando fechar os olhos para sempre

É que hei-de perder a eterna fé

De te encontrar, minha doce, minha querida, onde quer que estejas, de onde venhas

O credo que professes, antes de o saber ele já é o meu, e hei-de chegar a ti, nem que tenha de quebrar montanhas

Tenha de ir ao fundo do Universo, tu és toda a razão da minha sanidade, da minha loucura

E é por isso que eu hoje aqui, em prantos secos te fiz e dediquei este eterno verso!

Amor, amor, amor