AMOR VERDADEIRO
“AMOR VERDADEIRO”
Por quê partires
Ao ponto em que ias ficar?
Deixar que o sol fizesse estragos em minha pele
Ao dar-me a vida para depois, se reze,
Despistá-lo...
E torná-lo verbo e eqüidistante,
Em transe,
Sem então abraçá-lo?
Pelo amor que chamo
Que se exclame,
Que se chame no infinito
Que declame instintivo
Que Sauay,
É meu Amor,
Amor, Amor!
Por quê ter toda a vida abastada
Para que depois a adaga
Fira minha vida
Para que eu não a veja mais?
Eu que era incapaz,
De sentir,
O tomar das flores à mesa;
A grandeza dos passos
Quando então se pensa
Que já estavam gastos,
Em que caminhavam,
À procura do de sua beleza.
Querê-la, como quero,
É a vida em ato!
É alegria que impera,
Que espera,
Viver a ti,
Minha Bela,
De fato!
Viver Sauay
É não temer mais os brados
Do amor que se anunciava mundano
Que queira os corpos festejando,
Que inflamavam os trópicos
Ao dar-lhes a cortesia
Dos sonhos e encontros
Dê-me Sauay, a certeza...
Que voltará aos meus braços
Pelos passos ligeiros
Tenho-lhe fuga para os medos,
Para os tormentos,
Para tudo que um dia pensei esquecer,
Por inteiro!
Eu que te amo,
Como se fosse,
Eu em mim mesmo!
Sofrer pelo amor
Que se distancia
Que o outono
Que se finda,
Diga...
Que posso revivê-lo pelo começo
Para recomeço,
Nos frescores de agosto
Onde o desgosto, deposto,
Não seja mais a partilha
Como a partida que é para o mar
A onda que lhe retalha,
Que lhe detalha
Que não fica,
Mesmo que fique sozinho,
Ao amar,
Deparasse com o sabor
Como aquele calor
De um encontro primeiro
Imaginar-te distante
É como para o sol
A mortalha para um dia frio,
De nevoeiro,
Melancólico e não bucólico
Eu violeiro de estrelas
Preso aos cânticos,
Aos choros e aos românticos
Que atiram seus corações
Ao fogo certeiro
Onde Fênix, se faça,
E beba no poço de meus desejos;
Para que esteja por meus braços cancioneiros
Sendo seu único e primeiro;
Para que me decrete seu prisioneiro;
Para que não deserte do amor;
Para que não fuja em vivê-lo,
E seja posseiro
Daquela que reclame,
Minha posse,
Por inteiro!
Para que toque Sauay
E que não vá
E deixe meu coração,
Em desespero!
Mesmo que a espera
Não fosse a aflição
De um desejo,
Eu faria tudo e cada vez mais
Para amar-te,
Mesmo que enfermo.
Volte a quem te ama mais que a si mesmo;
Que te trará pelos braços
Para que caminhe o amor,
Sempre verdadeiro
Para que o sempre
Volte a ti sempre
Como a certeza que o dia sempre amanhece,
Que à tarde sempre anoitece,
Para que não reste mais que o amor
Aos corações que não mais sentem,
Pertencê-lo!
De seu amor que amo mais
Que o campo as flores,
Que os barcos as cores,
Que o horizonte aos amores,
Valores de sua paixão
Onde pelo seu amor,
Eu me cresço!
Os sabores trouxeram Sauay
A quem sempre a sonhava em sonhos;
A quem sempre a sentia nos coros
Em que cantava a vida,
Que encantada (a vida), se dizia:
“És linda, como a magia da rosa,
Que cora minha face
Eu que ao chamar-te,
Aprendi a ficar,
Pois Sauay,
É meu amor verdadeiro!”“.