O QUE HÁ DE MAIS LINDO

“O QUE HÁ DE MAIS LINDO”

O que há de mais lindo,

Que olhar seus cabelos,

Ao encontro do sol?

Que ver seus olhos

Ao se apossarem

Do rol de todas as cores?

Que sua pele visitar

Todos os campos,

Em forma de flores?

Que a chuva

Solicitar a sede

Na certeza,

Dos que se querem,

E beber,

Na ruptura dos dissabores?

Que os frutos,

Desprenderem-se

Pelo frescor dos meses?

Que seu paladar perene

Presidir o despertar das estrelas

Por todos os pedidos

Para que o amor lhes chegue,

De frente?

Para que então,

A ternura,

Descreva

Toda a magia,

Dos favores,

Aos quais,

Não se desprende.

Para que os abraços

Tome-se do poder das sementes

E germinem as delícias e os sabores

Dos corações que se pendem

E que se ajoelham

A entrar no paraíso

Em que sempre

Faça-se em casais

O eterno destino

Dos que vivam,

Para se apaixonar;

Que elejam,

A disputa dos deuses

Como prova de se igualar,

A disputa...

Em que o ocidente

Entrega-se,

A formosura,

Do oriente

Em que Sauay,

Linda!

Finda...

Com a amargura dos amores,

Para que não se tenha mais

A dúvida de vivê-los,

Intensamente!

Para que o louvor

Deixe-se em paz

E reverencie o penhor

De sua linhagem,

Em que se tem à perfeição

Com sua imagem!

Para que todos os sábios,

Curve-se a sapiência

De sua presença!

Onde a seda

Torna-se macia

Apenas quando

Ao toque,

De sua pele

Onde os braços

Repartidos em prece

Tenham-se envoltos

Por todos os carinhos

E ao seu caminho

Incondicionalmente,

Vistoso

Em que os rochedos

Ao encontro das ondas

Retraiam-se,

Em torno

De cânticos mais líricos

E que ao refutar a dor

As ondas recuperassem o amor

E saciassem a vida

Para que não mais se tivesse,

Uma felicidade tão breve

Para quem como antes

Não tivesse uma alegria,

Tão leve,

Como espumas

Que no mar se disperse

E não ouvisse os pedidos

E os apelos,

Arrependidos,

Seguindo em encontros

De outros mares

Por demais perdidos

E veria que o amor

Que era neve,

Cairia e se repararia

Em todos que o pegassem

E que o calor pela paixão

Que incandescia

Pressentia que ao sorrir

Todos os sorrisos

Seriam euforias

‘Chorar é o que me resta

Para que possa ficar,

À janela,

Pois os raios de sol

Que amo apaixonadamente

E que tenho em mente,

E em que se envolve sua pele,

São mantos...

Que por milênios se aplica,

E se venera

Enquanto encobre os campos

Desprende-se e se faz de quimera

E doa minha dinastia

Já que ao abraçá-los

Ceifo minha vida

Mas tomo de sua companhia,

A alegria,

Do sorriso dos que te vêem

E quando meu coração derrete-se,

Alimento os lagos

E dou-lhes a água

Com o quê, se mede,

O quanto meus olhos lhe riem

E o amor ao sonhar,

Incondicionalmente se valia

Dos enamorados que se divertem

E mesmo que o fulgor de suas mãos

Permita minha partida

Só a faria ser breve,

Se a travessia

Daquele que me tem dó

Tornasse a pérola restrita

Em sua lágrima

De preciosidade mais ímpar

E da dor,

Não se firam

E desfiram

A dor

Dos que ferem

E que mesmo ao partir

Os sonhos estejam salvos

E a solidão, alegre!

Para que todos os minérios

O ouro, a platina,

E todos os novos mistérios

E todas as conquistas

Em que a alegria se aplica

Surjam em vigília,

E tenham como cortejá-la,

Por todo o sempre!

Diamantes, rubis e esmeraldas,

Todas as riquezas me foram dadas

Quando se exala o seu aroma,

Que jamais se esquece.

São em essência,

O perfume dos pensamentos mais ricos

Que se rompem em notas,

Em solfejos,

E que tenho em mente,

Os lírios,

Do que jamais se dissesse

E que folhas

Ao encontro do vento

Tomassem os braços em buquê

Para que neste momento,

Perguntassem,

Se me queres ter?

E preparar as rosas

Para que levitem

Em prova contundente

Ao se retratar

E repassar por meus sonhos,

Meus sonhos de gente

Sejam amostras

Que tão pouco se teme?

Suas vestes

Reluzem galáxias

Em espaço sideral

E evocam

Que se possa pactuar

Com os sabores e as delícias

Dos encontros casuais

Tornem meu amor

Por ti imortal

Universal,

E venerado,

Eternamente!

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 01/07/2012
Código do texto: T3754374
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.