Marília de Orfeu
Uma folha desprendida
viaja a inconsequência
do vento sem destino.
E sem que se saiba
de onde vem,
a voz de Orfeu
canta por Eurídice
desenhada em azul
nos versos da Poetisa.
A pedra sabão de Ouro Preto
caminha a Amada pela História,
enquanto Eurídice torna-se
Marília de Orfeu,
feito Dirceu.
Histórias de tempos e amantes
sobre o chão de Minas Helênica.
Lendas e amores diversos
nas brumas de tempos dispersos,
escrevem-se na arte
da Marquesa Cristina dos Versos.
Para Cristina.