UM GOSTO INDIFERENTE
Aquele brilho no olhar
quando o via
apagou-se.
Sobrou na face
um sorriso incerto.
E, em passos divergentes,
nosso espaço se tornou diferente.
Eu aqui,
você, talvez, aí (já não me importo).
A saudade que não senti
empalidece-me o rosto.
E, na boca,
só um gosto indiferente.