*Peche la nuit a Antibes. Pablo Picasso


Tua voz


Tua voz ecoa  qual um calafrio
Em meu saudoso e fugaz pensamento
Lembra um plácido e cristalino rio
Sob as sombras pálidas do esquecimento

Flui como uma lépida dançarina
A bailar entre esvoaçantes véus
Tua voz é borboleta bailarina
Que eleva meus sentidos aos céus

As névoas desse tempo imperdoável
Dão-me o silêncio da surdez por testamento
Soa em meu sonho um gorgeio interminável
Do ser que me domina o  sentimento
E essa voz cálida mais que agradável
Dissipa em mim, por fim, qualquer tormento.








Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 09/02/2007
Reeditado em 09/02/2007
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