SEM DISTÂNCIA
(Sócrates Di Lima)
Na distância,
As palavras soam,
Lavras de relevância,
Que os sentimentos entoam.
Não são palavras míúdas,
São vontades externadas,
Plano de convívências graúdas,
Na vida em convolações almejadas.
Poquanto, a distância é irrelevante,
O longe se faz perto antes e depois,
A estrada se reduz de forma importante,
A deixar o tempo único pra nós dois.
Na distância me agarro na saudade,
Na distância eu me pego pelo pensamento,
Na distância a imaginação me invade,
Faz real o querer a todo momento.
Nada é em vão,
A fé é praticada com devoção,
E as vontades do coração,
Se recriam na distância e na razão.
Cada dia a espera é longa,
Mas, não sofrível e nem impiedosa,
Porque entre eu e ela não há delonga,
Resolvemos o amor de forma vantajosa.
E o que importa a distância,
Se há um pacto de convivência mútua,
È apenas o ócio da tolerância,
Que aproxima do dia que a distância não mais possua.
Entre eu e Basilissa não há obstáculos,
Nem trincheiras, barreiras ou abismos,
Com nosso amor cortamos os tentáculsos,
Que a distância cria nos conformismos.
Então nos recriamos a cada dia,
Ignorando a distâncinha entre eu e ela,
Na realidade da carne e da poesia,
Nehuma outra mulher me tomará dela.
Está próximo do fim,
A distância que ainda, nos mantém,
Em um só lugar pra ela e pra mim,
Erradicaremos a distância entre nós, como nos convêm.
...E que os anjos, digam: até que enfim, amém!.