Ao amor que um dia terei

Teu rosto me transmite a paz,

acalento meus sonhos nas tuas palavras

e te espero em cada amanhecer.

Eu sei que não deveria,

pois nem sei de ti.

Mas dentro de mim, algo grita.

Nem me imagino em outra cena,

e no teatro que tanto protagonizo,

a tua existência é o aplauso mais eficaz.

Um bálsamo que alimenta,

uma prece que anima,

um novo canto em minha boca impura.

A tua vida se despede da minha,

com o passar pesado do dia.

Não te reconheço, mas insisto.

Suplico aflito ao Deus Eterno,

querendo Dele a resposta imediata.

Esqueço que sou criatura.

Todos os dias é a mesma ciranda,

de anéis de vidros e amores poucos.

Como consolo, me resta a esperança.

Nem sei se devo, mas ouso dizer:

Eu te amo, mudo e acanhado.

Por todo o tempo que houver.

Guardei a sete chaves a minha façanha,

E, ainda, que eu não te tenha por minha um dia,

dedico os versos aqui neste nanquim, e te dou

todo o amor que eu tenho.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 29/06/2012
Código do texto: T3750766
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