A ela...
Se me amas? Eu desconheço
a chama se apaga, a luz se esvai do candelabro
Se vivo ainda? Talvez me esqueço
de que a vida me exclama em altos brados
Onde estás? Talvez em um silêncio
ás escondidas em abismos que eu não vejo
Se me percebes? Finges tão bem
pois não vislumbro a silhueta do desejo
Fantasio ou ser real? A minha carne se divide em alma e pó
se desintegrando nessa chuva lacrimal
Se não mereço? Te peço ao menos que nas sombras apareças
e grite ao eco para ouvir-te afinal
Se eu não consigo? Desestruture dos meus ossos a essência
desse perfume que eu não sei de onde vem
Se então me acabo? Dissolvo o teu nome em acidez
pois não és minha e eu não sou de mais ninguém...