Amor em Súplicas

Imaginando, que minhas palavras

Sentem na pele a maciez dos ventos lunares,

Ergo aos céus orações, pedindo uma flor,

Um canto de Ébano, um perfume de Afrodite!

Rogo das brisas do entardecer,

Uma porção de alma nua, galgando da quimera

Melindres do lábio, toque sutis das mãos

Pelo cenho da voz diluindo o silêncio do luar!

Da sensatez da solitude,

Quero imprimir a nota mais alta do âmago

Percebendo de cada semi tom um suspiro,

Que transcende das planícies do sonhar!

Postulando em versos pela noite,

Encontro-me no pranto dos canteiros

Trazendo do nevoeiro um boticário de unções

Que revelam das nuvens a magia da luz crua!

Intuído pelo pulsar da viva ferida coração,

Jogo-me ao pecado em ardentes verbos

Suplicando do amor mais uma saudade,

Uma relíquia, que se guarda no peito da canção!

28/06/2012

Porto Alegre - RS