Vem, amor.

Vem,

me dê a sua mão,

vamos passear.

Lá fora faz um tempo

incrível.

O vento é brando,

o ar é fresco,

o sol é tímido.

Vem,

vamos para a Praça,

comer pipoca,

namorar...

Puxa, a gente fazia tanto isso!

Lembra? Éramos jovens?

Ora, ainda o somos.

Apenas, maduramos um pouco.

Vem.

Quero ouvir sua gargalhada gostosa,

rir dos seus comentários absurdos,

passar o tempo.

Largue tudo isso por aí.

Não se preocupe, pois vão estar

no mesmo lugar, quando voltarmos.

Vem,

vamos de braços dados, cumprimentando

os vizinhos, brincando com as crianças.

Vamos para a Praça, nos sentar no banco

bem de frente à fonte; hoje ele é mais moderna

mas alguns peixinhos vermelhos são os mesmos...

Vem, amor, o tempo é impiedoso, por isso não

demore.

Encoste a porta, tome o meu braço, e vamos,

minha amiga, passar a tarde na Praça...

E ao cair da noite, se você se animar, a gente

toma aquela cervejinha, antes de voltarmos.

Vem, meu amor, anda logo, demore não...