Sem querer
Foi tudo meio sem querer, confesso. Pisquei por uma fração de segundo e num instante você já fazia parte de tudo aqui que é tão meu e reluto a não dividi-lo com mais ninguém.
Eu deveria ter deixado implicido, é eu sei. Devia ter apresentado as regras, que coração como o meu não tolera ser tratado tão bem, receber tanto carinho, desarurmar esse meu desarumado que só eu entendo e tanto gosto e sair assim, tão sem culpa, tão sem dor na conciência, como se a culpada dessa história toda fosse só eu!
Me fizeste por um curto espaço de tempo a mulher mais completa, fui feliz durante todo o tempo em que estivemos juntos, nisso não nego. Mais fortes embora e esse coração que tanto lhe amou (ama) partiste em dois, ficou aos farelos.
E eu que sempre fui tão bem resolvida, fiquei sem rumo, completamente sem chão. Trancaram-se todas as janelas e portas e quietinha fiquei, sofrendo essa dor amarga, chorei litros, desmontada como brinquedo de plático $1,99.
Mais depois da quarentena, seção dor de amor, como largato que no casulo se recolhe, pra sofrer metamose e só então se tranformar em lindas borboletas, assim passei, sofrir e me requi, tô de pé e assim vou continuar…