O ateu
Esvaiu-se no vento a solidão
Deixando a vida um mar de rosas
Pôs-se cada coisa em seu lugar
Qual verso em preenchida glosa.
Em cada face a marca do tempo
Que sem clemência permaneceu
Fazendo a alma fulgentar-se na vastidão
Aonde o lamento eternamente morreu.
O péssimo ausentou-se para sempre
A bondade veio à tona
Nos olhos dos hereges
Mostrando a vida do jeito que deveria ser.
O sonho transformado em alegria
Fez-se presente ao futuro
Na essência do amor verdadeiro
E nas palavras que não pode dizer.
A voz do coração falou mais alto
Fazendo o universo confiante mover-se
Na profundeza do entendimento
Dos viventes e dos ainda irão viver.
O amor é tudo entre voce e eu.