RAÍZES

Quero sempre aplainar nossas diferenças

Sigo o caminho que o ocaso assim me destina

Observo através do escopelismo do desejo

Mesmo que não me encontre em tua rima

A diversidade de teus múltiplos universos

Tentando decifrar o segredo de tua esfinge

Para descobri-me nos labirintos teus mistérios

Embrenhando-me em tuas diversas matizes

Cobrindo-me com tua insolente transparência

Aduzindo claramente tudo o que nos une

Degustando então nossos prazeres proibidos

Admiro nossas fantasias leigas e transgressoras

Pela revivescência inalienável de meu querer

Na veracidade da voracidade do império de sensações

Mimetizado em meus desejos e em minhas vontades de ti

Onde o acme desse deslumbramento é ter e estar com você

Ponto fulcral desta elucidativa e abstrata idiossincrasia

Onde o novo descortina-se do atávico no que tange a desejos

E renasço em ti em tua voz em teus gestos em tua erudição

Onde o mutismo de minhas noites soa tua presença

Na percepção esfuziante que meu amanhecer é você

E que se sinto ciúmes é por realmente querer ser uno

Pela união intrínseca desse sentimento em mim germinante

Onde tuas raízes estão em meu solo mais profícuo e profundo

Trazendo as flores e os frutos dessa paixão constante e contínua

Que a cada dia renasce na certeza de que estás realmente em mim

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 27/06/2012
Código do texto: T3748006
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