RAÍZES
Quero sempre aplainar nossas diferenças
Sigo o caminho que o ocaso assim me destina
Observo através do escopelismo do desejo
Mesmo que não me encontre em tua rima
A diversidade de teus múltiplos universos
Tentando decifrar o segredo de tua esfinge
Para descobri-me nos labirintos teus mistérios
Embrenhando-me em tuas diversas matizes
Cobrindo-me com tua insolente transparência
Aduzindo claramente tudo o que nos une
Degustando então nossos prazeres proibidos
Admiro nossas fantasias leigas e transgressoras
Pela revivescência inalienável de meu querer
Na veracidade da voracidade do império de sensações
Mimetizado em meus desejos e em minhas vontades de ti
Onde o acme desse deslumbramento é ter e estar com você
Ponto fulcral desta elucidativa e abstrata idiossincrasia
Onde o novo descortina-se do atávico no que tange a desejos
E renasço em ti em tua voz em teus gestos em tua erudição
Onde o mutismo de minhas noites soa tua presença
Na percepção esfuziante que meu amanhecer é você
E que se sinto ciúmes é por realmente querer ser uno
Pela união intrínseca desse sentimento em mim germinante
Onde tuas raízes estão em meu solo mais profícuo e profundo
Trazendo as flores e os frutos dessa paixão constante e contínua
Que a cada dia renasce na certeza de que estás realmente em mim
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