O CORREDOR

Há anos que essa marcha determina o ritmo de meus ânimos

Assim como os cânticos de eufórico júbilo nos meus olhos emitido

E vejo no caminho percorrido as dimensões de limites atlânticos

Nos tantos oceanos românticos, onde ficaram rastros de um perfume florido!

Corri desesperadamente em direção ao único norte apontado pelo instinto

Como um lírio faminto, tragando os ventos boreais da fertilidade

Corri em busca da felicidade alastrada no exagero nunca sucinto

Que revigora esse aroma tinto, enchendo cálices de docilidade!

Deixando para trás cenários que vendiam a sorte que jamais vingava

Por mais que a clava da insensatez quisesse doutro modo proceder

Visando convencer o meu correr que algo em si já se cansava

Porém a cada aurora flava, morrendo ao ver o meu vigor a renascer!

E desse modo, como dantes, o corredor se vê correndo até aqui

Sem nunca desistir, achando luz até nos mais espessos breus

Como um plebeu rendendo sangue a quem impera no seu próprio existir

Unicamente para si mesmo permitir só descansar nos braços teus!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 27/06/2012
Código do texto: T3747392
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