O CORREDOR
Há anos que essa marcha determina o ritmo de meus ânimos
Assim como os cânticos de eufórico júbilo nos meus olhos emitido
E vejo no caminho percorrido as dimensões de limites atlânticos
Nos tantos oceanos românticos, onde ficaram rastros de um perfume florido!
Corri desesperadamente em direção ao único norte apontado pelo instinto
Como um lírio faminto, tragando os ventos boreais da fertilidade
Corri em busca da felicidade alastrada no exagero nunca sucinto
Que revigora esse aroma tinto, enchendo cálices de docilidade!
Deixando para trás cenários que vendiam a sorte que jamais vingava
Por mais que a clava da insensatez quisesse doutro modo proceder
Visando convencer o meu correr que algo em si já se cansava
Porém a cada aurora flava, morrendo ao ver o meu vigor a renascer!
E desse modo, como dantes, o corredor se vê correndo até aqui
Sem nunca desistir, achando luz até nos mais espessos breus
Como um plebeu rendendo sangue a quem impera no seu próprio existir
Unicamente para si mesmo permitir só descansar nos braços teus!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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