Memórias.
Da evocação em palavra
Sem mitigar cura desse sofrer,
Impura vontade sacra, escrava
Incapacitância do esquecer.
Essa é a sina do hipocampo
Cavalgando mares e histórias
De alegrias cruas em memórias
Cravadas no circuito de emoções.
Do limbo que existe no espelho
Vislumbro a verdade em mentira
Límbica dos olhares de esquina
Ansiosos de enxergar teu reflexo.
Esse pensamento bastardo
Nem prima por degenerar,
Retrato do olhar que carrega um fardo
Que a própria boca não consegue falar.
Deito e as memórias não findam...
Do que vale dormir pra esquecer,
Se quando meus olhos se fecham
Meus sonhos sonham com você?