Memórias.

Da evocação em palavra

Sem mitigar cura desse sofrer,

Impura vontade sacra, escrava

Incapacitância do esquecer.

Essa é a sina do hipocampo

Cavalgando mares e histórias

De alegrias cruas em memórias

Cravadas no circuito de emoções.

Do limbo que existe no espelho

Vislumbro a verdade em mentira

Límbica dos olhares de esquina

Ansiosos de enxergar teu reflexo.

Esse pensamento bastardo

Nem prima por degenerar,

Retrato do olhar que carrega um fardo

Que a própria boca não consegue falar.

Deito e as memórias não findam...

Do que vale dormir pra esquecer,

Se quando meus olhos se fecham

Meus sonhos sonham com você?

Wallace Urzais (Wallace Pereira)
Enviado por Wallace Urzais (Wallace Pereira) em 26/06/2012
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