Vestígio

Eu nunca quis ser o espólio

Também não desejei ser o esbulho.

Nunca me passou pela mente estar no capitólio

Nem chamar a atenção pelo marulho.

Não sou santo, mas não respondo por um litígio

Gosto do silêncio, mas às vezes prefiro o barulho das festas.

Ser irrepreensível não implica em caminhar sem deixar vestígio.

Coerente ou não haverá sempre o que lapidar, arestas.

Quiçá, quem sabe, oxalá, desejos de quem sabe o que quer alcançar.

Se necessário for farei minhas “asas” vôos mais altos alçar.

Quisera, quem me dera, pudera ou poderá algum freio a prédica parar?

É certo que não, minha voz nunca há de se calar.

Privar meu vocabulário é levar-me ao calvário...

Pela oratória falada ou grafada,

Mesmo que sem sintonia ou numa exacerbada metonímia,

Falarei com toda eloqüência, mesmo que sem audiência.

Serei meu próprio expectador dissertando a imortal literatura

De um eterno sonhador... ...De quem sempre acredita no amor.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 26/06/2012
Reeditado em 27/06/2012
Código do texto: T3746429
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