Um Pecado de Mim
Um pecado de mim
Está nas folhas amareladas,
Chama-se, solidão!
O outro pecado se dá
Quanto meus pés tocam os campos
Cobertos pela geada, cheia de madrugada
E pequenas canções, ofertando
Mais um lacrimejar às pétalas de outrora!
Um pecado de mim
Doa-se ao verso sem cantoria,
Codinome, oração!
Um outro pecado
Acontece nos sons da noite inteira,
Instigando mistérios, insinuando ilusões,
Trazendo-me da fonte da saudade
Pergaminhos confessos pelo olhar que eu senti!
Um Pecado de mim
É caleidoscópio do âmago.
Eu o chamo, paixão!
O outro pecado germina,
Escorre pelas mãos calejadas
Do violino de sonhar, purificar,
Alcançar pelas letras o que procuro
Pelos canteiros
Ao longo do caminho de amar!
Um pecado de mim
É o equilíbrio da balança.
Seu nome, amor!
24/06/2012
Porto Alegre - RS