Pendura e perdura

Verás os varais pelo planeta a fora

Alguns dependuram difusas histórias

Toalhas sujas, lençóis manchados

Burcas, fardas, camisolas...

Verás secarem farrapos

Roupas de seda e algodão egípcio

Algumas despontam sacrifícios

Pintam os adornos nubentes.

Verás os varais internos

Que penduram o ódio retido

Enxuto, infecundo, rachado...

Como as rugas do envelhecimento.

Também verás os que penduram amores...

De diversos calibres e cores

Sem importância do enxuto ou ensopado

Vale o corpo que aqueceu algum dia.

André Anlub

Site: poeteideser.blogspot.com

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