Apoteose do Amor

ÀS vezes o amor é faca de dois gumes,

A paixão caminha atônita pela repescagem,

Deve-se cultivar o sentimento com fiel imagem

A fim de que na natureza sórdida o coração fica impune.

Confunde-se com leviandade paixão com amor

Mediante dados consignados à primeira vista,

Paixão é o toque inicial para arrematar-se a conquista,

O amor respalda-se na conivência diária do ardor...

No olhar selvagem reside o perigo da atração física

Que é uma restritiva absorção da ternura que se necessita

Para minimizar-se a carência latente de carinho...

No amor há temperança que é plenitude

Em que o risco da paixão não se confunde,

Pois no tempero da confiança afoga-se o que for daninho!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 24/06/2012
Código do texto: T3741999
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