CIÚME
Faz-me ciúme a desfaçatez
Da cruel e desrespeitosa brisa
Que sem piedade em minh’alma pisa
Quando sopra te acariciando a tez
Não menos constrangido me vejo
Quando nas manhãs festivas
Vem faceiro como quem cativa
O sol a te oferecer um beijo
Poderia ao menos proteger a tua
Meiga face da charmosa luz
Quando passeias sob a cheia lua
Traz-me temor tudo que encanta
E pra livrar-te de tudo que seduz
Em redoma te manterei, tal uma santa