SOLIDÃO

Pensamentos vazios em dias vadios

São loucuras que escorrem a fio

Sem segredos, pelos dedos

E me esvaziam dos sonhos ledos

Rebatem-se na mente lembranças e medos

Egressos de um sonho torto

São as tristes sombras do enredo

De um amar mal esculpido

Meio vivo, meio morto

Ouço nesta noite fria

O uivo da paixão maltratada

Quero uma dose a mais de melancolia

Para enganar esta dor esquiva

Que insiste em doer calada

Estou só na noite errante

Noite que cheira a ti

E que me faz lembrar de ti

Mas que de ti me faz distante