Um Brinde Ao Presente
Desce, sinto, o fel garganta abaixo
Ao pressentir não haver amanhã;
Esvaindo-se qual sutil aroma do
Não tinto e seco, o presente.
Jazigo, brinde sem vida.
Um olhar incrédulo. Na mente
Detalhes há pouco vividos.
E o que me foi dito?!
Te amo, e encantado tens meus dias!
Amo-te, quanto ama o poeta e o seu doer,
Amor evidencia, ao viajar na insanidade
E vir pairar em utopia!...
Os sentimentos se confundem
Enquanto atônito agonizo...
Pelo que jaz, o choro;
Por ter vivenciado, o riso.
Inevitáveis lágrimas!
No íntimo o declarar:
_Te amo! Te amo!
E as colhera então num beijo,
Na esperança, ou no desejo...
Que este presente fosse perene.