A chuva molha de manhã

Me molha todas as manhãs

Com teus olhos azuis de breu

E como se não houvesse amanhã

Encharca tudo o que é meu.

Esse teu amor de tempestade

Que invade minhas terras sem piedade

Às vezes sabe ser garoa fina

Cobrindo como um véu meu corpo atento

E gozo a sensação do vento

Que deixas em meu corpo de menina.

À noite, sei que a chuva vem de manso

Como quem nada quer, como um remanso

Teu amor – meu homem – essa beleza

É melhor que toda a natureza.

Gamma
Enviado por Gamma em 08/02/2007
Código do texto: T374001