Desejo
Desejei ouvir teu silêncio
Aquelas palavras: não ditas!
Poder penetrar no teu íntimo
E então, sondar-te às partes: restritas!
Desejara, em momentos delirantes
Sentir-te a cada curva...
E abrandar-te, qual o melhor dos amantes!
Acalmando tuas águas, hoje turvas.
Desejarei ainda que utopia seja,
Como não? Se há tanto tenho feito!
Em sonhos... De tamanha destreza.
Desejaria, se possível fosse, um dia...
Que os meus sonhos aos teus se atracassem
E nos levassem por encanto ou por magia...
Desejo que por este amor infindo
Possas um dia ver, com sensibilidade
À cena, como vejo, amor,
De tuas lágrimas caindo!