Andarilho
Não! Eu não trago bagagems,
Eu não trago ilusão!
Já não tenho esperança,
Tampouco tenho paixão!
Eu não trago certeza,
Tragado fui, em confiança!
Inimigo sou, da beleza, e
No espelho eu vejo alguém.
Alguém que ri do meu desespero,
Que se compraz do meu dissabor.
Alguém que canta em abril: É fevereiro!
Mas sonha em ter meu amor.
Alguém que não crê,
Já que sou quem falo
Para não se curvar à razão.