Estrela Tímida

Brinca a “estrela” entre alegorias e utopias;

Inocente... Para que não doa tanto!

Valsa a estrela!... Numa órbita mediana

Entre o riso e o pranto!

Tua timidez não me engana! Tens sede, sonhos...

E quantos! O teu silêncio canta. Cala fundo

Em minh’alma, embala-me em delírios, espanta;

Ao mesmo tempo seduz, acalma.

Disse à insanidade: Sejamos companheiros...

Um meio sorrir, não menos que um olhar, e vou!

E te embalas, a m’aconchegar, e me aqueces, e te sonho...

M’enlouqueces, e te amo num rico desfolhar,

Para se tatear à essência!... E se perdendo

Suspirar arrepios, delícias... Demência!