TUDO PASSA, SÓ O AMOR...
Abri os olhos
e percebi que a dor passa,
Como passam tantas coisas:
O presente, pela fresta dos dedos,
Vira passado saudoso,
Ou soluço rancoroso;
A ira, intempestiva e por vezes fatal
Torna-se arrependimento,
Entornando, goela abaixo,
O amargo do lamento
O desejo, lascivo e incandescente
Ao final da fogueira ardente
Pode virar morna ternura,
Ou findar em cinzas de repulsa e culpa;
Tantas coisas passam,
Vem e voltam, desaparecem,
Reaparecem;
Só o amor não passa, não;
Ele se transmuta,
se divide e se transforma,
em mais amor, outro amor
o mesmo amor,
mais forte, mais sereno,
mais brasil, mais cálido,
ou torrente
como um caleidoscópio,
ele divide nossa luz,
nossos olhos
pra diversas direções
até então
inimagináveis.
Abri os olhos
e percebi que a dor passa,
Como passam tantas coisas:
O presente, pela fresta dos dedos,
Vira passado saudoso,
Ou soluço rancoroso;
A ira, intempestiva e por vezes fatal
Torna-se arrependimento,
Entornando, goela abaixo,
O amargo do lamento
O desejo, lascivo e incandescente
Ao final da fogueira ardente
Pode virar morna ternura,
Ou findar em cinzas de repulsa e culpa;
Tantas coisas passam,
Vem e voltam, desaparecem,
Reaparecem;
Só o amor não passa, não;
Ele se transmuta,
se divide e se transforma,
em mais amor, outro amor
o mesmo amor,
mais forte, mais sereno,
mais brasil, mais cálido,
ou torrente
como um caleidoscópio,
ele divide nossa luz,
nossos olhos
pra diversas direções
até então
inimagináveis.