Arsenal de Desejos
Masturba-se o pensamento quando a paixão aflora,
O gozo é lícito na taquicardia que ribomba
O coração que devaneia e que carícias soma
Num universo de fantasias em que a ternura se renova.
Semeia-se a mente com o doce manjar da volúpia
E deixa-se germinar o viço que alimenta o sonho,
Na colheita há adereços cuja meiguice é frenesi medonho
Que driblam os argumentos insociáveis da orgia estúpida.
O prazer traz o vendaval de uma sensualidade atrevida,
Na hecatombe do amor há o sêmen que promove vida
Numa fotossíntese cuja clorofila é um arsenal de desejos...
Edifica-se o orgasmo com o talento da sensibilidade
Num vulcão de carícias que faz eclodir de impetuosidade
O delicioso chamego no bailado da língua e dos beijos!