De chuva e de estrelas.
A chuva chove pra mim.
Quando acerto,
Chove pesado.
Quando minha alma
Caminha
Chove mais manso
Quando mudo o rumo
Chovem gotículas
A embalar meu sono
Doces sonhos
De emblemas de carro
E de Paris
Quando der saudades
De pedras muitas
Quando um dia
Mentirosamente
Foram três
Vontade de pegar
Também a concha
Constelação no céu
Duas estrelas paralelas
Móveis
Que querem se abraçar
Que protegem
E fazem companhia
A esta pobre mortal
Envesgam
Se aproximam
Descem à Terra
Como a estrela d ´alva
Que pode queimar
Se fizerem maldade
Comigo
Cercada
De signos perigosos
Porque totalmente
Amorosos
Belos
Com muita identidade
Envolventes
Afinal
Nascemos de gente
Ou nascemos
Da
Cegonha?
Interação magnifica do sonho que se fez gente Mario Antonio Reis:
Os poetas ouvem
As estrelas
E sentem
As gotas
De chuva
Banharem
De amor
A alma.