Clara Poesia

Clara Poesia

Clara me surgiu,

Num marcado entre o sol e a lua.

Muita calma, (me pediu)

A desabrochar: Mulher, ávida e nua!

Clara me entregou

Corpo, alma e pensamento!

Cativo dos teus olhos, hoje estou

Bem como dos teus beijos, vivo sedento.

E conheci a esperança,

Nos verdes olhos de Clarice.

Na partida, a prece ao tempo...

No semblante: Lágrima, amor e meiguice.

Eles, que na chegada reluzem

De modo terno e sem igual!

Bailam teus verdes, Clara,

Saltam de modo especial.

Mais que um corpo que me abriga;

Mais que uma boca que me acaricia...

Não é de mulher, sim de uma deusa!

Clara, é a própria poesia.

Wellington José de Lima