Palavras 0729 - Amores do poeta

Não sei o caminho que leva ao céu,

tem tempestades a toda hora,

a luz vem e vai dos olhos,

a vida não canta aos quatro ventos

e eu caminho e caminho.

Sinto os cheiros de felicidade,

uma fragrância que invade,

os pêlos arrepiam de vontades,

não sei de quê, nada vejo,

apenas sei que existe em um lugar.

As sombras são noites ao meio dia,

minhas palavras não ecoam ao vento,

os pedidos são de bondade

e vêm dores,

partindo meu corpo ao meio.

Não sei quantos sóis existem,

se existe mais de um é frio,

como a paixão sentida na solidão,

às vezes mar, às vezes praia,

o que um passa todos esquecem.

Quero as cores de uma esperança,

um nunca das promessas não cumpridas,

quero pureza, paz, tudo branco,

como a pele da mulher de amor

e que passa por minha existência.

As letras são dos amores do poeta,

os perfumes da amante que gira

entre uma e outra noite insone,

ambos vestimos paixão, brilhos,

falta-nos tempo, jamais os quereres.

21/06/2012