Fênix
Fênix
Se por encanto me fascinas
Já não podes ver, então;
A extinguir a dor chama às colinas:
Reduto de amor, poesia e paixão!
Depois de um vôo solitário, ressequido
Seu universo de sonho, quem sabe até
Assim, sem nexo!... Quimera ser teu sol?
Antes, fora, sonhara ser teu chão, assim...
Ora sou a sombra dos teus olhos,
O desejo que em teu corpo arde
E clama: sedução, vida, amor, sexo!
Ora, sou perfume do jasmim!
O despertar entre cinzas fez brotar
E mudar no teu íntimo o banal...
Esperanças brotando, anseio sem igual
O voraz se mostrando, o real dissipando...
E o concreto nevoa qual tênue névoa
Na proa, nestes mares sem fim... Quando
À deriva, sem vento, não quer outro
Pensamento, que não o pensar em mim.
Wellington José de Lima