Chamas do Amor

Fixada a chama do lampião,

Que se acende assim que a primeira estrela

Desponta sob o estrelar,

Trazendo das brumas o frescor, o canto,

A linguagem rabiscada dentre os seios!

Da espera,

Vem a noite figurando em codinomes,

Alquimias elegias se lançando em peças

Escritas por um guardião poeta,

Filho do tempo, ancião do sentimento!

Pelo dançar do fogo,

Tudo se faz dançarina do pecado

Bordado no âmago, na página que se abre

Do beijo no lábio avermelhado,

Pela fonte entalhada no desejo!

Vertendo das cordilheiras

Chega, às mãos, o néctar de beber,

A viagem de mensurar o amor

Pelas cordas douradas que foram

Desenhadas nas pautas da paixão!

20/06/2012

Porto Alegre - RS