Brincadeira de amor
Brincadeira de amor
É o vazio só sentido na ausência
Do que até a pouco, pouco mesmo nem se via;
O transbordar de noite fria... De tormenta.
Poucas palavras, ai, ai, ai, disritmia!
Desassossego se apossou de mim agora;
Um prato amargo me serviu o tal destino...
Eu fui brincar, brincar de amor, inconseqüência!
Ai como dói, ai como dói, oh seu menino.
Que faço agora nesta noite que é tão fria?
Já que o amargor é tão ruim de digerir!
De que adianta eu cantar a poesia,
Que brota em mim e faz meu peito diluir?
Agora eu vejo o esplendor do sentimento;
Agora eu sei, a água é viva porque queima!...
Mas, se me condenas?...
Eu já nem sei!...
Wellington José de Lima