(In)Versos...
Quando, por uma razão qualquer, a gente
Tem de se despedir do seu Amor Amado
Sente-se uma dor sofrida e mui pungente
De se ter os Sonhos, sem pudor, matado...
Dos versos que escrevi cantando o Amor
Agora só restam saudades e lembranças
E sinto o gosto de fel e o dissabor
De sufocar da vida (e)ternas esperanças...
Calou-se a verve. Acabrunhada e triste
Apago pensamentos antes belos
Para não lembrar que... apenas sorriste
Ante a despedida que te fiz, singela.
Eu te disse “Adeus!...” E nossos elos
Quebrados, desfolharam a flor, antes tão bela...
Era necessário. Eu fiz o que era certo.
Aceitaste tranqüilo, como se quisesses
Há muito, terminar este Amor incerto,
E eu facilitei para que o não dissesses...
Até no derradeiro instante eu te fui generosa
Poupei-te a dor e também qualquer remorso.
E... pensar que um dia eu fui a tua rosa
A que esqueceste!... E aceitas tal divórcio!...
Deixo-te livre. Em paz. Sem compromisso
Com quem te amou por uma vida inteira
E sem sentir qualquer pesar por isso...
Cantei o Amor... Não há mais que cantar...
Silencio o verso. E eu estarei na eira
E não escreverei, pois não sei mais amar...