(In)Versos...

Quando, por uma razão qualquer, a gente

Tem de se despedir do seu Amor Amado

Sente-se uma dor sofrida e mui pungente

De se ter os Sonhos, sem pudor, matado...

Dos versos que escrevi cantando o Amor

Agora só restam saudades e lembranças

E sinto o gosto de fel e o dissabor

De sufocar da vida (e)ternas esperanças...

Calou-se a verve. Acabrunhada e triste

Apago pensamentos antes belos

Para não lembrar que... apenas sorriste

Ante a despedida que te fiz, singela.

Eu te disse “Adeus!...” E nossos elos

Quebrados, desfolharam a flor, antes tão bela...

Era necessário. Eu fiz o que era certo.

Aceitaste tranqüilo, como se quisesses

Há muito, terminar este Amor incerto,

E eu facilitei para que o não dissesses...

Até no derradeiro instante eu te fui generosa

Poupei-te a dor e também qualquer remorso.

E... pensar que um dia eu fui a tua rosa

A que esqueceste!... E aceitas tal divórcio!...

Deixo-te livre. Em paz. Sem compromisso

Com quem te amou por uma vida inteira

E sem sentir qualquer pesar por isso...

Cantei o Amor... Não há mais que cantar...

Silencio o verso. E eu estarei na eira

E não escreverei, pois não sei mais amar...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 20/06/2012
Reeditado em 21/06/2012
Código do texto: T3734940
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