PARA FALAR-TE DE AMOR

PARA FALAR-TE DE AMOR

De tudo fiz poesia;

Cantarolei minha dor,

Fiz-me réu... À revelia.

Pra de amor falar,

Usei balbuciar teu nome;

Decifrei rios a secar,

Com a mesma dor que me consome.

Pra amor, fazer-me entender...

Quis usar todos os meios!

Insinuei-me em tua pele, olhar, colo... Seios!

Amor, procuro hoje uma linguagem

Da qual não tenha compreensão,

Que seja esta alienada...

E não que venha alegrar-te o dia;

Que não te deixe assim, avermelhada;

Tampouco te leve à euforia... De viajar

Na insanidade, acho até, virou mania:

Eu falo... E te delicias.

Wellington José de Lima