TOTALIDADES

Não foi possível dar-te apenas um outro amor em meio a tantos existentes

E os estilhaços das correntes fizeram-se tão fortes quanto dez grilhões

Foi um amor maior que outros milhões, desses imprevistos e valentes

Exagerado como lavas ferventes e alado como os imponentes gaviões!

O amor que te ofertei não vinga exposto nas vitrines doutras epopéias

Não houve idéia desde então que a seus pés sequer se aproximou

Diria eu ser desses que ao céu impressionou, que das estrelas fez platéias

Que ao ar promove apnéias, que faz até a cura sentir dor!

Não foi roteiro já narrado sobre o tablado ou entre linhas literárias

Com singularidades várias, mostrou-se arquiteto de sua própria estrada

Qual chuva fina e desavisada em culminância de inundações incendiárias

Contradizendo as evidências contrárias e escrevendo sua cena encantada!

Eu te dei bem mais até que todo além a me vencer

O transbordar do enlouquecer, a plenitude das infinidades

Te dei o sangue de minhas realidades e os sonhos do meu bem querer

Te dei a força plena que há no meu viver, pra te prender em minhas totalidades!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor