Seu Poema
Quando comecei o poema
E o tema bem fluía
Sobre minha nostalgia
Qual não via problema
Minha mente era sua,
permanentemente sua.
Os membros ainda calmos
O peito em brasa, combustão
Me suava enquanto a mão
Escorregava meus alvos
Minha mente era sua,
permanentemente sua.
Nem a mão ali era minha
Quase que mecanizada
Minha mente ditava
E a mão não escrevia
Minha mente era sua,
Nobre, pobre, efêmera e sua.
Já ao meio me rendi
Aos sentimentos vis
E, não porque eu quis,
Já ao fim sucumbi:
O poema já era seu!
Inconveniente e seu.