Arte: Arthur Braginsky


Amargou-se o Que Era Doce


Frestas indiscretas da minha janela
atiçam-me a curiosidade.
Não são as estrelas cadentes,
mas angústias revisitadas.
Sou pura saudade
mas resisto, bravamente,
quando, ao longe,
ouço tua voz:
fecho as cortinas,
volto à rotina
e recolho-me à cama.
Imponho limites a este melodrama:
amargou-se o que era doce,
e o teu sorriso degradou-se.
Que as frestas permaneçam caladas
no decorrer da fria madrugada.
 
Rogoldoni
20 06 2012


Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 20/06/2012
Reeditado em 24/08/2012
Código do texto: T3733764
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