VITRINE
VITRINE
Ela regava as flores, frente
A janela por onde eu passava,
Na esperança que lhe sorrissem
Minha mente, o seu sorrir se desenhava.
Ao mesmo tempo tinha boca
Ressecada por falta de um beijo,
Jogava água nas flores, mordia
Os lábios ressequidos de tanto desejo.
Eu, passando qual sonho
Passa na vitrine da ilusão,
Se chamava ela Orquídea,
Eu me chamo: Solidão.
Wellington Jose De Lima