E A TUA BANDEIRA, PAI?

E A TUA BANDEIRA, PAI?

E a tua bandeira, pai?

Que tremula qual tua roupa no varal;

Que te aguardava para tão dignamente

Encher-nos o peito...

Onde, pai,

Estava o amor por ti tanto pregado?

A igualdade...

Qual tanto me ensinara?

Quem, pai,

Vai proteger a sociedade, agora que jaz?

Ainda tinhas tanto a ensinar-me...

Terei que aprender sozinho;

A tristeza e a solidão serão constantes

Em nosso ninho sem tua presença!...

Mais um policial morto enquanto buscava,

Na folga, “a dignidade que o Estado nos nega”.

Wellington José de Lima