Fluido Vital

Fluido Vital

Não sou cego de amor, antes bem vejo

Ao beber, em tua boca, tudo o que sinto;

Desvendando o teu corpo, a cada toque desejo

No teu néctar sorver, meu absinto.

Neste calor não há cansaço, eu asseguro

Por amar tua alma, eterna e transcendente;

Ouvindo teus ais, teus huns... Intenso e puro

Meu amor mais se mostra incandescente!

Pois qual lava, a escorrer, é rocha quente;

Rigidez, remanso e sol, tudo há seu tempo

E, ao ver-te em pleno gozo, ideal, meu

Delírio, remoinho de amor, do mar, corrente!

Em meu pensar, teu semblante retenho;

E, no acarinhar pelo teu corpo todo,

Remetido então sou, a outro plano

Obstante não saber bem o modo.

E, se no mais íntimo sentir não

Cabe dúvida, não há engano,

Não hesito em dizer,

Eu bem sei que te amo!

Wellington José de Lima