"Amor: covarde amor"

De certo que foi amor, 

Percebi que em seus olhos, os meus se refletiam. 

Por pura simplicidade, deixou-se paralisar: 

Entregou-se como menino. 


Aos poucos, a imagem de homem refletiu: 

Sábio, inocente e acuado... 

Ainda que com acenos eu lhe chamasse, 

Em seus gestos percebi o excesso. 


Recuando em palavras, deixou-me esperando, 

A covardia jamais sentida, jamais exibida, 

Ao amor apenas sentido. 

Ao adeus que jamais dito, surgiu! 


Ah, como ainda te espero... 

Mesmo ferida, imortalizada por um sentimento, 

E tão rendida pelo amor acovardado. 

Ainda assim: desejo-lhe!