CHEGA
Chega de lástimas,
de dizer de lágrimas,
chega de infortúnios,
de sofrer por quem
não quis ser feliz.
Chega de saudade,
de sonhos que na
realidade nada se pode
concretizar, e o que esperar?
Chega de cama vazia,
de nostalgia, de
madrugada repleta
da maldita insônia
Chega de alimentar
a esperança, de aguardar
a volta dela para
ganhar seus abraços
Chega de chamar seu nome
de contracenar no palco
da existência a peça chamada ilusão,
chega de falsa paixão
Chega tentar rescontruir
o que nada existiu,
o que o destino não quis
Chega de escravidão,
chega desse amor informe
chega não há razão...
não quero mais
ver o meu céu na escuridão
Chega de tudo,
de tudo que causou essa inconstância,
chega de gritar sem ninguém escutar
de sofrer na solidão voraz
afinal, ela se foi mesmo
e não volta nunca mais...